Biografia

Acho que os oioai começaram quando toquei a primeira vez com o João Neto – usava a minha guitarra com um pedal que lhe baixava uma oitava para servir de baixo e fazíamos barulho.

O meu universo musical era reflexo do que ouvia – cantautores portugueses e brasileiros sobretudo.

Mas, houve um dia que o João me emprestou uma cassete de ferro dos Blues Explosion e de repente, vi a luz… O caminho era o rock!

Seguiram-se ensaios em casa de um ou do outro, em que tentávamos montar canções de uma maneira simples – punk – no sentido em que qualquer pessoa que saiba dois acordes pode ter uma banda (e eu só sabia três).

Nessa altura ouvia-se Velvet Underground e lia-se Bukowsky.

Eu aprendia a tocar enquanto o João procurava manter-se saudável.

Foi uma altura de experimentação na qual nasceram as ideias de muitas das canções que agora estão no disco.

Demos uns concertos memoráveis.

Na primeira vez que tocámos ao vivo, em casa do Pinheiro, para os amigos de Oeiras, houve um eclipse da lua – ficou a sensação que tinha acontecido uma coisa especial.

Muitos concertos cheios de testosterona em labirintos subterrâneos e bares duvidosos depois… a banda já existia – os oioai eram uma força em crescimento, ainda que reduzidos à sua forma inicial – tínhamos que ser 4 e não 2.

Falei com e meu amigo Tiago, dos Toranja, e ele lembrou-se do Fred que tocava bateria nos Yellow W Van – tinham tido uma conversa em que o Fred lhe havia mostrado vontade de tocar numa banda de canções de amor.

Liguei-lhe e surpreendeu-me que já tivesse ouvido falar de nós.

O Fred entrou imediata e naturalmente nos oioai e trouxe o Espírito – agora tínhamos a melhor secção rítmica do mundo e sentíamos vontade de o devorar.

Muitos ensaios depois voltámos a tocar no Europa (no Cais do Sodré) onde despertámos a atenção do Paulo Junqueiro da EMI.

O sonho aproximava-se do real e em 50 segundos aconteceu – a EMI queria os oioai e fomos gravar.

O Fred e eu somos fãs dos Los Hermanos. O Fred é amigo deles e do Kassin (mítico produtor do disco Ventura). Foi muito fácil a escolha de gravar com ele – falamos a mesma língua e compreendemo-nos.

O Kassin atravessou o mar, o disco foi gravado em duas semanas com a banda a tocar ao vivo, à antiga, num estúdio também de outra época com as suas mesas, fitas e microfones… A gravação foi fácil e sem stress.

Com muita inspiração nasceu um disco diferente – um primeiro trabalho produzido por um dos mais originais e reconhecidos Artistas do nosso país irmão, misturado no Rio de Janeiro por uma lenda viva, que já trabalhou com toda a gente, o Edu.

Hoje estamos oioai a partir tudo ao vivo com concertos que chamam pessoas curiosas que se apaixonam pela nossa raiva e ingenuidade.

É só o começo…

Pedro Puppe

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