Biografia
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Membros
- Chris Salles
- Jairo Guedz
- Korg
- Wesley Ribeiro (2018 – até o momento)
A PRÉ HISTÓRIA:
Tudo começou com a antiga banda Mayhem(BR), uma das dezenas de bandas deThrash/Death Metal que disputavam um espaço na diversificada cena de Belo Horizonte.
O Mayhem lançou apenas uma demo com duas músicas( Brain Mutilation Wardeath e Insane Minds). O Mayhem obteve certa notoriedade quando teve suas duas músicas inclusas na coletanea Warfare Noise II , promovida pela Cogumelo Records.O line-up da banda, que chegou a gravar era :
Gentil - Vocal
Beto - Guitarras
Reinaldo "Cavalão" - Guitarra (R.I.P.)
Renato "Pururuca" - Baixo
Cristiano "Balão" - Bateria
Antes mesmo de lançar a demo, o Mayhem ja saía em diversas revistas e jornais. Chegou a tocar várias vezes fora de Belo Horizonte, inclusive, num show histórico com Chakal e Volkana, em Brasília.
A banda realmente prometia, quando houve a decisão re reformular tudo.
Com o fim do Mayhem, alguns dos membros da banda se uniram e formaram o The MisT.
O INÍCIO.
O The MisT foi formado pelos músicos Vladimir Korg(voz), Christiano Salles(bateria), Reinaldo "Cavalão"(R.I.P) e Roberto Lima (Guitarras), e Marcelo Diaz(baixo), nos idos de 1988.
Com esta formaçao, lançaram seu primeiro disco, pela gravadora Cogumelo Records, em 1989.
"Phantasmagoria" é um disco que se encaixa perfeitamente à aquela época, em que o gêrero mais aclamado em Belo Horizonte era o Thrash Metal e o Death Metal, com expoentes renomados, como Chakal, Sarcófago, Sepultura, Overdose, Holoacausto e o próprio The Mist, que passou a ficar conhecido na região. O Disco continha faixas bem pesadas, porém nao ao estilo extremo como o de outras bandas. Mesmo um pouco crú, e com alguma falta de experiencia dos músicos, com certeza um excelente disco, muito comentado na época. As letras , escritas por "Korg", eram extremamente politizadas, fato que caracterizou eternamente o som da banda. "Korg" possuia um total domínio sobre os temas sociais e políticos. As letras possuiam também um certo cunho depressivo, destrutivo, fazendo constantemente críticas à sociedade e seus dogmas (caracteristica marcante de Korg, que moldava suas composições sob estes aspectos desde a época do Chakal)
Mesmo com o reconhecimento, o guitarrista Reinaldo, conhecido como "Cavalão", se retira da banda e monta o "Gothic Vox". Posteriormente "Cavalão" falece .O guitarrista Roberto tambem se retira do The Mist.
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O AUGE.
Com a saída dos guitarristas originais, o substituto encontrado é nada menos que Jairo Guedez, ex-Sepultura.
O segundo disco é lançado, em 1991.
Trata-se do extraordinário "THE HANGMAN TREE", considerado por muitos o melhor disco de Thrash Metal do Brasil. Um disco conceitual, que contava a história de uma pessoas que estava prestes a ser enforcada. Foi um dos primeiros a ser lançado em CD .
A banda estava no auge, lotava clubes em todas as partes em que ia tocar.Desta vez, o som já nao era tão inibido. Todos os músicos se sobressairam neste disco, com destaque para Marcelo Diaz com uma criatividade fenomenal, e Christiano , que espancava a bateria.
O vocal de Korg estava mais rouco e sombrio que nunca. Korg conseguiu aliar seus vocais agressivos às letras destrutivas.
O interessante do disco é justamente a forma com que as melodias foram mescladas as letras.Existe um equilíbrio perfeito entre a melodia e a letra.
O lado Lírico do disco é marcado por letras depressivas e destrutivas, acompanhadas por uma fúria enlouquecedora.
"Hell Where Angels Live…My Life is an Eternal Dark Room" é um exemplo claro. Mais uma vez, o vocalista "Korg" se mostra um compositor louvável. Os músicos da banda seguem a linha de riffs rápidos e violentos, uma bateria veloz e um baixo potente. Ouvir o The Hangman Tree é uma experiência única. Eu diria se tratar da perfeição máxima do que pode ser chamado de Thrash Metal. A violência sonora unida a letras destrutivas.
Nessa época, foi oferecido ao The Mist um contrato com a gravadora Music For Nations. No exterior, as revistas ribombavam, todas elogiando demasiadamente o disco " The Hangman Tree". Era só uma questão de tempo para alcançar o sucesso.
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O SUSTO.
Após a explosão do disco The Hangman Tree , é anunciada a saída do vocalista Vladimir Korg. A banda se prepara para lançar o terciro disco, desta vez, com um lado industrial.
O sucesso da banda se mantém, embora, da primeira vez, é difícil assimilar o som do novo disco, lançado em 1993,intitulado "Ashes to ashes…dust to dust".
Como já dito, neste disco nota-se uma forte infuencia de metal Industrial, com passagens eletronicas, sintetizadores, etc….Sem os vocais de Korg, percebe-se grande diferença. Muitas bandas estavam aderindo ao estilo industrial/eletrônico, tanto nacionais (Sepultura, Sarcófago, The Mist) como bandas grandes, que nos anos 90 iniciaram uma série de experimentações, como o Kreator, por exemplo.
O vocalista do disco era Marcelo Diaz, o baixista de sempre. Marcelo usou muitos efeitos na voz, e ao que parece, gravou com sobreposições de voz.
Ashes to Ashes,Dust to Dust mantém o Thrash que consagrou o The Mist em músicas como "Cross Child", "Blind", entre outras, mas em algumas músicas a influência do industrial aparece com clareza, como no caso de "Disaster", e da fantástica "99 Dead(Wonderland)".
Sem dúvidas, um disco amado e odiado pelos fãs, mas, tecnicamente falando, trata-se de um disco excelente. Ainda podemos ouvir a bateria sendo espancada. O The MisT continua sendo o mesmo, apesar das drásticas mudanças.
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"Esquecidos por Deus"
Este era o título do ultimo disco do The Mist, lançado em 1995.
Gottverlassen (alemão), traduzindo para português: Esquecidos Por Deus.
Logo na capa, percebe-se a diferença entre o novo e o velho The MisT.
O logotipo já nao é o mesmo de antes, a capa demonstra raiva, e maturidade de uma banda já consagrada.
Desta vez, o industrial é mantido, mas com muito mais maturidade. Nao chega a ser experimental como o anterior, mas extremamente curioso.Os elementos Thrash aparecem mais no disco.
Um dos atributos positivos deste disco é a produção exemplar. O disco foi muito bem produzido, a qualidade nas músicas reflete isto com clareza.
Do ponto de vista da produçao,é o melhor ; mas no decorrer do disco muitos elementos se diferem das características adotadas pela banda nos discos anteriores, embora os elementos Thrash Metal tenham sido utilizados, como riffs e bateria velozes. Gottverlassen é um disco extremamente curioso.
Quanto a formaçao, Mantiveram-se Christiano (bateria) e Jairo(guitarra). O vocal ficou com Cassiano Gobbet, assim como o baixo. Já na turnê, o guitarrista Fabio Andrey foi convidado.
Nesta turnê (No Gods Tour), a mais bem sucedida, chegaram a abrir para o Kreator, fizeram varios shows como headlines em todo território brasileiro
O fim da banda ocorreu algum tempo depois do lançamento de Gottverlassen, por volta do ano de 97', devido ao distanciamento dos membros. Cassiano saiu da banda, e Jairo saiu em turnê com o Overdose, como músico convidado, abrindo para o Mercyful Fate.
Os próprios membros chegaram num consenso e , em meados de 97, o The Mist definitivamente acabou.
RETORNO TRIUNFAL
Após reformulações na formação e com o mundo enclausurado com as restrições causadas pela pandemia, o The Mist mostrou resiliência. Assim, Vladimir Korg (vocal), Edu Megale (guitarra) e Wesley Ribeiro (baixo) entraram em estúdio este ano para gravar o novo EP, "The Circle of the Crow", seu primeiro registro após de 25 anos. "My Inner Monster", primeira amostra do material gravado no estúdio Maçonaria do Áudio, tendo Alan Wallace (Eminence) como produtor e Riccardo Linassi na bateria, está agora disponível nas plataformas de streaming.
"Trinta anos atrás, quando escrevi o 'The Hangman Tree' estava passando por um período de depressão muito forte, meio que no fundo do poço. Porém, naquela época depressão era sinal de loucura e não vista como uma doença que todo mundo tem e passa em algum período na vida. Então, esse negócio de falar que você estava deprimido, passava por terapia, era visto como 'coisa para doido'. Estava em uma fase muito difícil, até shows não eram fáceis de fazer. Porém, passei a escrever muito, só que o 'The Hangman Tree' sempre foi 'um monstro' para mim", explicou Korg. "Vindo para os dias atuais, a 'Inner Monster' é justamente eu ter voltado com o The Mist e ter aquele medo de me reencontrar com aquele monstro. A letra fala disso, o passado que escrevi, o enforcado e a corda, coisas que não quero encarar mais e não quero soltar este monstro interior. Ela começa com uma voz pequenininha, com o tecladinho, e no final você vê que é a voz do monstro. Fala sobre o receio de soltar esse monstro interior que a gente tem. No meio da música dou um grito: 'Deus, por favor não mate meu monstro interior', porque esse monstro interior todos temos e faz parte da nossa vida, e temos que controlá-lo e ter essa outra face. No final da música o ouvinte vai ver que é o monstro cantando, falando, em meio aos solos. Isso, então, a letra tem a ver com encarar esse passado", acrescentou.
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