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Biografia

Nascido no fim da safra oitentista, em 1988, o Morfeus, acima de tudo, representa o Thrash mais genuíno entre as bandas da capital paraense. A banda foi formada por remanescentes doKaliban, a primeira banda Thrash de Belém; Ceifador, que fez duas ou três apresentações;Macabro, que só tocou uma vez; e Metal Agression, que nunca saiu dos ensaios. Em sua formação original figuravam Moa (v), Max e Marlos (g), Marcos Dentinho (bx), Jr 106 (bt). Interessante notar que nesta época não havia ensaios em estúdio, e sim, em locais improvisados, e que assim como na cena Bay Area, eram sempre lotados de amigos, que faziam destes uma espécie de mini show. Nesse mesmo ano, Marcos Dentinho saiu da banda, cedendo seu posto a Adelbert.

Seu primeiríssimo registro, a demo Thrashing Assault (nome bem característico…) data ainda de 1988. No ano seguinte, a banda teve uma breve parada, já que Max e Jr tiveram de se ausentar da cidade neste ano. Mas selaram um pacto de que ninguém se fixaria em nenhuma outra banda, pois voltariam no ano seguinte, e o roadie Gustavo foi escolhido pra assumir o baixo. Este, por sua vez, não tinha a habilidade necessária no instrumento e ingressou noTerrorist para treiná-la juntamente com Jr D.R.I, que viria a ser manager do Morfeus e responsável até hoje pelo seu merchandise.

A retomada ocorreu em 1990, quando Max e Jr retornam e Gustavo assume o baixo e passa a acompanhar o Morfeus desde então. Nesse ano é registrada a segunda demo, Anachronic Disease.
Os dois tapes renderam visibilidade em programas como Matéria Prima, da TV Cultura, e Globo Repórter, onde foram mostradas várias cenas do show que a banda fez em São Paulo, abrindo para o MX.
O apogeu se deu em 1992, ano em que a banda se apresentou na primeira edição do FestivalRock 24 Horas, um evento chave na história da cena paraense. Algo de especial que o Morfeus e seus contemporâneos cultivaram era a intensa participação do público, sobretudo em apresentações no Teatro Waldemar Henrique, que era citado no período noventista como “Templo do Metal Paraense”, considerado pelos bangers da época um segundo lar.
Ainda em 1993, o Morfeus, assim como várias outras bandas conterrâneas que esbarraram em dificuldades para dar continuidade ao trabalho, se muda para São Paulo. Nesse ano, finalmente é lançado seu primeiro full, o clássico Disbelieved World. A primeira e única prensagem do disco foi esgotada, se tornando hoje item de colecionadores e sendo o passaporte perene para citações e resenhas em mídias especializadas.

Embora a ampliação de sua visibilidade no cenário nacional fosse o grande objetivo na empreitada, por alguns problemas pessoais dos integrantes, além da grande ressaca que marcou os anos 90 e que foi responsável pela corrupção estilística do trabalho de diversas bandas para se encaixar no novo perfil musical quisto pela indústria fonográfica, o Morfeus encerrou suas atividades em 1994.

Passados dez anos, esta retoma suas atividades com um show realizado em setembro de 2004, desta vez contando com Frank no baixo. Tal show foi apoiado pelos fãs antigos e também pelos mais novos, que nunca haviam visto um show da banda, mas a conheciam por ter se tornado uma verdadeira referência.
No fim de 2005, a Marquee Records relança o debut em CD com 7 faixas bônus, além da biografia completa da banda em inglês e fotos inéditas.
O Morfeus marcou época num tempo em que os músicos aprendiam a tocar de ouvido, não haviam escolas de música voltadas ao Rock, e o máximo com que se contava eram as revistas com cifras. Hoje cada membro tem projetos de vida diferentes, tanto que o Moa e Jr 106 são os únicos que continuam a tocar em outras bandas. Mas quem acompanhou esta lenda paraense ou quem a ouve hoje e se deixa envolver facilmente pelos riffs fustigantes espera que façam pelo menos apresentações especiais, pois as novas gerações têm muito a aprender com quem viveu a época em que bandas de garagem sonhavam com o reconhecimento do mercado externo e davam o sangue por isso, mas foi algo que só veio para o Deus dos Sonhos muito tempo depois.

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