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    26:00

Em ruas, vielas, castelos
Nas vivências ardidas de luta e dor,
Há pilhas de palavras que desmonoram todas vezes que são ditas
Quando esperam que a linguagem seja consciência praticada

Que as batalhas de hoje se inspirem nas de ontem.
Que caia o amontado de ilusões,
Perdidos em arte, bagunçado em conhecimento.
Pois, nada contempla o que é certo quanto o filho faminto.

Que caia os muros.
Que caia as fronteiras.

Falácias abstratas demais para se agarrar.
Os desejos, abstratos demais para se inspirar.

As dores sim, reais demais para se esquecer.
O sofrer que faz falta para alguns
Cria sombra no pesar do dia a dia de outrem.
Dia após dia.

E a miséria da sabedoria desnortea o entendimento.
A filosofia não vivida guia os corpos para falta de organização.
As más concepções de causa e efeito é regra, como a mentira dos direitos.

O fogo engolido em prol de nossa paz
O silêncio dos desacordados
O choro engolido em prol de falsa paz
O barulho da mente, os corpos ansiosos
O fogo destemido é por nossa paz

Em confusão de entender a realidade,
Joga-se no ar poesia perdida como esta.
Bandidas entre linhas. Labirinto de símbolos
E cada verso não faz sentido
E o que é dito não é vivido,
Muito menos sentido.

Mas, tudo passará
Vamos viver novas frases
Novas palavras virão,
Acompanhadas por ritmos
Cantadas em terra justa
Que toda história pela frente
Se resuma em dança,
Onde nenhuma voz é menor que outra.

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